terça-feira, março 07, 2006

VIGÍLIA


na tua ausência
enrosco-me felino
nas malhas da saudade.


de que foges?!
de mim jamais
que me encontro
aconchegado
dentro de ti!

para onde vais?!
que não te ceguem
cânticos melados,
escritos no nevoeiro.

porque te cegas?!
mira em teus olhos
meu ninho.
vê-te nesse límpido espelho.

é aqui que tú estás.

construindo as notas
da minha sinfonia,
enquanto cumpro as horas marcadas
num namoro perfeito
com a nossa cumplicidade.

21 Comments:

Blogger --------------- said...

A cumplicidade de um amor que nasce sem saber...
E que cresce acompanhado por um olhar que o envolve de forma embrionária...:)

1:53 da tarde  
Blogger Nathália. said...

cumplicidade me faz falta =/

3:30 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Uma cumplicidade que sempre almejamos...soberbo poema! Beijinhos

4:48 da tarde  
Blogger canto silencioso said...

observe o seu ninho, nele reside toda a essência do seu sopro, suspiro, porto de abrigo, onde toda a conivência é perene.

Abraço

5:14 da tarde  
Blogger Vica said...

Lindíssimo!! Acho que vou copiar, posso?? Beijos.

6:17 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

são sempre tão belas astuas palavras...que ficam tão poucas para descrever o k sinto ao le-las...
muchossssss besitossssssssss

6:18 da tarde  
Blogger Ana P. said...

Já deixei de querer comentar os teus poemas. Só te digo que todos eles me fazem pensar de belos que são...

Bejos

7:28 da tarde  
Blogger Vanda said...

Pela noite dentro vou-me despindo de mim e navegando nas palavras dos outros...

Gostei muito!

11:42 da tarde  
Blogger Rosalina Simão Nunes said...

apeteceu-me responder...

a saudade
encontra-me sempre sozinha.

longe...
és tu o fugitivo.
e o nosso aconchego é frio!

não parto.
estou aqui.
estou parada, inerte, de mãos vazias, de nadas brancos.
fecho os olhos para não querer ter-te!

és tu quem está aí.

eu sou o silêncio...
em mim não existe harmonia.
há o silêncio que anula inexoravelmente o namoro da cumplicidade.

12:37 da manhã  
Blogger isabel mendes ferreira said...

obrigado. pela vigilia. pela cumplicidade. pela tua POESIA.


bjo.

12:28 da tarde  
Blogger Barbara said...

Namoro perfeito... Uma utopia esperada. Por mim, às vezes.

1:19 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

penso que o fado amoroso está belo, limpo e compliçe como a boa escrita deste blog

2:17 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

de que foges?!...

dos outros, da mediocridade...


para onde vais?!

para ti, para para a cumplicidade e alegria.


porque te cegas?!

com o teu amor puro e singelo.

é aqui que tú estás.

ao teu lado, agachada nos teus braços que abraçam com terbura.

...."construindo as notas
da minha sinfonia,
enquanto cumpro as horas marcadas
num namoro perfeito
com a nossa cumplicidade."

Parabêns meu querido é lindo

Beijocas

3:18 da tarde  
Blogger Dinis Lapa said...

o amor, a saudade...avante Portugal!

5:37 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

cada dia k passa mais lindas se tornam as palavras e mais dificil dizer, o k quer k seja... como diz o nosso amigo... PARABÈNs... Abraço grande amigo

7:52 da tarde  
Blogger Fragmentos Betty Martins said...

Olá joaquim

Gostei - profundamente do teu poema!


"Mas há a vida
que é para ser
intensamente vivida,
há o amor.
Que tem que ser vivido
até a última gota.
Sem nenhum medo.
Não mata".

(Clarice Lispector)

Beijinhos

10:25 da tarde  
Blogger Sea said...

Bom Dia. Obrigada pela visita ao meu "place". Gostei do que li aqui. Beijo :)

9:55 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Muito lindo...Já li mts dos seus poemas e adorei.
Bjinhos
Sílvia Pereira

12:07 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

VIGILIA: Um belo poema que descreve de forma singular os encontros e desencontros de tantos que se apaixonam, mas que não se dão a oportunidade de viver essas paixões. Bom trabalho! Beijinhos, Alexandra

4:54 da tarde  
Blogger Simone said...

E não me importa aonde vás
Ou onde estejas
Só de lembrar do jeitinho que me moldo ao seu corpo na cama, me faz querer ir ao seu encontro.
Bjs

3:05 da manhã  
Blogger Joaquim Amândio Santos said...

dwmmmQueria eu saber cantar
Só para te pôr em versos
Te passar na boca
Te lançar no ar
Respirar teu corpo
Te ouvir baixinho
Te tragar de novo
E te ninar sorrindo

Com mil beijos,
Moni.

3:45 da tarde  

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