sexta-feira, janeiro 06, 2006

bem antes da matilha

bem antes da matilha, chega-te o meu uivo, lua altaneira!
abençoa-me enquanto te nutro o ego
com uma genuflexão perfeita.
diante do mundo, ergo-me feito teu altar
para gáudio de quem calcorreia o teu luar, enquanto peregrino.

sem longe nem distância, busco-me onde tu estás.
consome-me o desespero da ténue miragem
em que teu ser se transformou.
nas minhas cálidas retinas inicio o caminhar.

mesmo trémulo, conduzo meus passos para aí.

a quem vir por aí o sentimento façam-lhe saber que o desafio.
que venha. que traga os pedaços do tempo.
que ostente cada momento. sustento.
aventura concebida numa insana vontade
que a minha paixão fará parir!

Bem antes da matilha, chega-te a minha súplica, luz sem fim.

5 Comments:

Blogger Corvo said...

da ausência, da ousadia do procurar, na busca de ser completo, de ser sempre mais, nasce o verdadeiro... a arte, das tuas mãos, onde repouso o olhar; ilhas do sentimento, quebras de rotina, partilha de descansar.

4:53 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

ousar é necessário nos faz grande dentro da insanidade que é desafiar sentimentos,não pare,avance!!!
lindo final de semana
beijosssssssss

2:37 da manhã  
Blogger Rosalina Simão Nunes said...

gostei particularmente das seguintes imagens: "busco-me onde tu estás" e "a quem vir por aí o sentimento façam-lhe saber que o desafio"...

a primeira, porque a busca de nós próprios noutro alguém deve fascinar...

a segunda, porque gosto de desafios e o dos sentimentos é sempre empolgante.

12:10 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Um poema Imponente e Belo!.
O sentimento, exteriorizado desta maneira, mais parece uma ode à profundeza da alma do que uma válvula de escape à dor da perda...
Belo.
Bj. Eugenia.

6:27 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

nunca nos é dado um desejo sem também nos ser dado o poder de o realizar.

9:17 da tarde  

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