quarta-feira, janeiro 18, 2006

minhas águas

eis o que sou
perante o olhar.
vê o que quero ser
ao ritmo do juízo.
sereno
como águas calmas
minhas
onde me atrevo a desaguar.

por cada cálida gota
ondulante no seu caudal
seca uma lágrima.
mirra um medo desfeito
já não mortal.

para onde ir?!...
não sei se me levo,
mas o fluxo transporta um coração.

meu.
minha garrafa de naufrago.

7 Comments:

Blogger Nathália. said...

Nossa, são poucos os textos que li com um final tocante assim... eu sempre identifico isso nos seus. Parabens mais uma vez \o/

4:05 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Que a sua garrafa de naufrago o leve a porto seguro, sem lágrimas, sem dôr. E que em vez de lágrimas transforme a sua expressão em alegria pura e virgem.
Creio que já encontrou o seu porto de abrigo, apenas falta a garrafa...
Um abraço

5:17 da tarde  
Blogger Raraher said...

Hola amigo, solo decirte que desde mis tranquilas aguas, te sigo leyendo en silencio, un abrazo.

6:35 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A pujança das palavras que lapidam formas dum sentir profundo...soberbo! Um beijo enorme

2:54 da tarde  
Blogger Luna said...

De alguma forma sempre há uma garafa para um naufrago,é só olhar em volta para a encontrar.

10:07 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

as coisas boas da vida perdem-se quando nao as agarramos com a mesma força que temos em as possuir...

9:53 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

as coisas boas da vida, perdem-se quando nao as agrramos com a mesma força que te mos aem as possuir...

9:54 da tarde  

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