GENUFLEXO DA ALMA
I.
ufano o cântico que a vida encomendou. assina-o o vento num sussurro tecelão
de uma teia sedosa, manto protector do meu mundo.
II.
diz-me o ouvido apurado da alma
que venho daí, onde me chamo futuro!
será então profano o grito pungente de uma reza crente?
será perene o esforço de soprar as cinzas para lá do efémero?
ainda serão musculadas as forças que movem o meu eu?
os vetustos lenços do adeus viram mantos de pedra.
são os perfeitos chicotes para a purga do que já não é!
III.
lânguido se tornará o meu voltear
enquanto dedilho tua alma,
tornada minha harpa de gáudio.
é doce a maresia que me dás.
para que me sonhem querubim.
eis o teu Nome.
é a melodia do cândido sopro, estrela única do meu firmamento
eis a tua luz
é a minha noite, jamais chamada escuridão!
eis o templo.
ajoelhem os devotos!
ufano o cântico que a vida encomendou. assina-o o vento num sussurro tecelão
de uma teia sedosa, manto protector do meu mundo.
II.
diz-me o ouvido apurado da alma
que venho daí, onde me chamo futuro!
será então profano o grito pungente de uma reza crente?
será perene o esforço de soprar as cinzas para lá do efémero?
ainda serão musculadas as forças que movem o meu eu?
os vetustos lenços do adeus viram mantos de pedra.
são os perfeitos chicotes para a purga do que já não é!
III.
lânguido se tornará o meu voltear
enquanto dedilho tua alma,
tornada minha harpa de gáudio.
é doce a maresia que me dás.
para que me sonhem querubim.
eis o teu Nome.
é a melodia do cândido sopro, estrela única do meu firmamento
eis a tua luz
é a minha noite, jamais chamada escuridão!
eis o templo.
ajoelhem os devotos!

photo created by JOSÉ FERREIRA in www.olhares.com
©2008 joaquim amândio santos e editorial negratinta